Remechendo velhas lembranças de família, encontrei uma pasta velha e empoeirada. Eram poesias antigas escritas na máquina de escrever, lembra disso? Máquina de escrever!?! Pois é, são de autoria do Meu Pai, acho bonitas, me fazem entender um pouco quem é Meu Pai hoje... Enfim, aí vai uma das que eu mais gosto...
Musica que Meu Pai recomenda!
Passos lentos
Rumo ao vento.
Quem me olha não me vê.
Quem me vê não pode entender.
Que fujo do mundo
Escondo-me do tempo
Só pra esquecer.
Sou filho da chuva
Das águas do mar
Eu canto pra lua, só pra lhe agradar.
Sem beira, sem ninho
Sou só,
Sou capricho,
Sou dono de um nada.
Preciso amar alguém que saiba me entender
Que sou
Que quero um mero querer
Sinto
Não minto
Sou mito do teu lembrar.
(Meu Pai – 09/03/1984))