
Me abro sem erro
Sem medo do acaso
Cato os pedaços do que não sobrou de mim
Com pés cortados de dançar ao vento
Respiro baixinho pra não acordar o trovão
Minhas já antigas falas
Pronunciam tudo ao avesso
Sem nexo
Sem contexto
Sigo destoando melodias
Fabricando refrões repetidos
Desatando nós com os dentes
E agora liberto vejo
A liberdade que me bate sem dó
Liberdade malvada que só
Me faz crescer, me faz voar.
(Camila A. Borges)
PS.:A belíssima arte acima é do artísta plástico Ralfe Braga, retirada de seu site: http://www.ralfebraga.com.br/