
A luz fluorescente do poste
Colore toda rua de laranja:
asfalto laranja,
portões laranja,
calçada laranja,
pessoas laranja.
Os carros passam e nem reparam
Mas também ficam alaranjados
E nessa noite laranja-fluorescente
Pessoas se apressam para não perder o culto
cachorros reviram lixos
mulheres fofocam na esquina
meninos brincam de pique
rapazes cantam canções antigas
Da pequena janela observo tudo à distância
esse estranho universo
Que mesmo tão igual a tantos outros
Encanta-me como se fosse único.
Eita mundinho cor de laranja!
(Camila A. Borges)