domingo, 16 de janeiro de 2011

Cinco sentidos em mim





Onde é que eu fui parar
Aonde é esse aqui
Não dá mais pra voltar
Por que eu fiquei tão longe…
Tão longe…

Onde é esse lugar
Aonde está você
Não pega celular
E a Terra está tão longe…
Tão longe…

Não passa um carro sequer
Todo comércio fechou
Não tem satélite algum transmitindo notícias de onde eu estou

Nenhum e-mail chegou
Nem o correio virá
E eu entre quatro paredes, sem porta ou janela pro tempo passar

Dizem que a vida é assim
Cinco sentidos em mim
Dentro de um corpo fechado no vácuo de um quarto no espaço sem fim

Aonde está você
Por que é que você foi
Não quero te esquecer
Mas já fiquei tão longe…
Tão longe…

Não dá mais pra voltar
E eu nem me despedi
Onde é que eu vim parar
Por que eu fiquei tão longe…
Tão longe…

p.s.: tentando não desfolhar. 

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Desalento



Nós que achávamos que tínhamos a vida inteira,
hoje não sabemos nem do nosso futuro.
Não duvide querido quando eu digo que fui feliz contigo.
Nem duvide quando eu digo que o tempo foi cruel,
levando o nosso amor.
Dois estranhos em uma cama vazia.
Foi isso o que restou.
Sem que percebêssemos o fim chegou.
Devagarzinho
Brigas...  Birras
Faltas... Excessos.
Você se esqueceu de ter saudades.
Eu deixei de gostar do seu carinho.
Agora quero outro amor,
um amor feito o seu.

outro alguém,
pra vida toda.



(Marina B.)


ps.: mais um poema que só teve sentido por que alguém pôs sentido, Henrique Possebon.