Era a noite mais fria do ano, pelo menos foi isso que a moça do tempo falou na TV. Mas eu não sentia frio. Meu corpo estava quente! Graças a uma garrafa de conhaque que bebi toda em 7 copos.7 copos!
Há 7 dias eu tinha encontrado um velho livro da Woolf, e muito mais que da primeira vez ele me tocou, uma semana passou e ele ainda puxava meu corpo pro fundo do rio; beber foi agradável, mesmo que rasgasse a cada gole a bebida ia deixando tudo mais interessante, dava pra ver o dia passar devagarzinho, sentir o gosto dele quando esteve em minhas mãos, minha pele sentia mais, dormente sentia muito mais, e tudo era mastigável.
Olhei no espelho e vi uma mancha vermelha na blusa, mas tanto faz, poderia a blusa estar encharcada que eu iria sair mesmo assim, a casa era confortável, mas a rua era tentadora.
Atrás do sofá sempre encontro uns trocados, dessa vez, além de migalhas achei um batom. Passei. Nunca uso batom, talvez até pudesse estar borrado.
Passo 7 vezes o batom.Tranco 7 vezes aporta.São 7 passos no corredor até a rua. Não sei se era a embriaguez, mas a lua estava provocante que quase propositalmente me levou ao chão, era um exorcismo.
(Alba & Marina)
ps.: conto meu e da Alba, para o blog Pé de Tamarindo, que um dia, quando criarmos coragem e vergonha- na-cara, atualizaremos!
Adoro os contos da Marina. =)
ResponderExcluirAhh, vc tem outro blog, menina? =D
Que legal!
Beijo
ahh, ahh, vamos terminar logo as outras partes desse conto, ele ainda tem muito o que dizer.
ResponderExcluirRespondi à sua pergunta lá no post, mas, por via das dúvidas, repito aqui: Lua é o apelido oficial. Meu nome mesmo é Luara. =)
ResponderExcluirBeijo