terça-feira, 7 de julho de 2009

Ninho

Remechendo velhas lembranças de família, encontrei uma pasta velha e empoeirada. Eram poesias antigas escritas na máquina de escrever, lembra disso? Máquina de escrever!?! Pois é, são de autoria do Meu Pai, acho bonitas, me fazem entender um pouco quem é Meu Pai hoje... Enfim, aí vai uma das que eu mais gosto...




Musica que Meu Pai recomenda!



Passos lentos

Rumo ao vento.

Quem me olha não me vê.

Quem me vê não pode entender.

Que fujo do mundo

Escondo-me do tempo

Só pra esquecer.

Sou filho da chuva

Das águas do mar

Eu canto pra lua, só pra lhe agradar.

Sem beira, sem ninho

Sou só,

Sou capricho,

Sou dono de um nada.

Preciso amar alguém que saiba me entender

Que sou

Que quero um mero querer

Sinto

Não minto

Sou mito do teu lembrar.

(Meu Pai – 09/03/1984))